25 de setembro de 2009

Festival Cena Contemporânea e Guilherme Reis














Foto de Gabriel Castilho

Do dia 2 ao dia 13 de setembro deste ano, aconteceu a 10ª edição do Festival Internacional de Teatro de Brasília - Cena Contemporânea. Foram mais de 14 mil espectadores nos teatros, mais de 19 mil pessoas nas atrações do Ponto de Encontro na Praça da República, e 600 participantes nas atividades formativas. A edição de 2009 trouxe ainda uma novidade: a Mostra SP, que aconteceu do dia 27 de agosto a 20 de setembro no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo. O produtor e idealizador do festival, Guilherme Reis, contou ao Cena Candanga como essa história começou:



Em 1995, aconteceu a primeira edição do Cena Contemporânea. No ano seguinte, com a mudança de governo, não foi possível obter verba para a realização do festival. Mesmo assim, a segunda edição foi feita, com quatro espetáculos apenas, sendo batizada como Mostra de Teatro e Dança Contemporânea. De 1997 a 2000, não foi possível obter verba nem apoio novamente e o Cena Contemporânea não foi realizado. Em 2001, o festival foi retomado. A edição de 2002 foi realizada em janeiro de 2003, devido a um atraso no patrocínio, e, a partir do mesmo ano, o festival passou a ser produzido regularmente. Durante essa trajetória, alguns parceiros foram fundamentais à realização do Cena Contemporânea. O número de apoiadores e patrocinadores do festival cresce a cada ano.



Desde a primeira edição, o Cena Contemporânea tem caráter internacional. No seu primeiro ano, o festival trouxe a Brasília espetáculos de países como Portugal, Itália, País de Gales, dentre outros. Este ano, estiveram representados no festival Estados Unidos, Canadá, Uruguai, Argentina, Espanha, Israel e França. Só de grupos nacionais foram mais de 380 os que enviaram material para a equipe de produção do Cena Contemporânea. Para os grupos locais, houve convocação na imprensa e por e-mail. Os curadores do festival levaram meses assistindo os DVDs e selecionando a programação. Guilherme revela como é feita a seleção dos espetáculos convidados para participar do Cena Contemporânea:



Quanto ao seu trabalho de diretor, Guilherme Reis diz que, hoje, tem mais preocupação com o texto e o ator do que com os outros elementos da montagem teatral, os quais ele se sente seguro em deixar nas mãos de sua equipe, cuidadosamente selecionada.



É notório que, atualmente, há muitos espaços alternativos em Brasília sendo utilizados para a difusão das artes cênicas. Guilherme defende que, no entanto, os espaços públicos estão esquecidos. Além disso, a tecnologia de que os teatros dispõem está obsoleta. Para Guilherme, faltam também políticas de fomento para as pessoas que se interessam em gerir espaços culturais.


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