26 de junho de 2009

James Fensterseifer


Foto de Djalma Atanásio

Dentre as diversas classificações atribuídas a Brasília, titulada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em 1987, podemos destacar uma que é facilmente reconhecida por quem não é daqui: ser capaz de agregar culturas de outros estados e até mesmo de outros países. Tal espírito hospitaleiro acaba gerando felizes contribuições para a cidade, como o Jogo de Cena, por exemplo, um tradicional evento cultural de Brasília que há muitos anos é coordenado por James Fensterseifer. Desde o início dos anos 80, quando começou sua carreira de iluminador, este porto-alegrense vem participando do processo de formação da identidade cultural brasiliense. James acredita que parte dessa história aconteceu, e ainda acontece, no Jogo de Cena.



Além de produzir o Jogo de Cena, James também dirige a Cia. Brasilienses de Teatro, criada por ele e pelo diretor Alexandre Ribondi em 2001. A companhia desenvolve um trabalho de pesquisa e adaptação de clássicos da literatura para o teatro. James explicou ao Cena Candanga como é o processo de criação das montagens e até que ponto elas seguem o texto literário que as originou:




A experiência de James Fensterseifer com o teatro de grupo não vem desta década. O iluminador, diretor e produtor fez parte, no início dos anos 90, da companhia “A Culpa é da Mãe”, que, na época, foi um grande destaque do teatro brasiliense. Sobre o trabalho de diretor, essencial para que todos os elementos artísticos presentes em um espetáculo possam se organizar harmonicamente, James retifica que as atenções do diretor devem trabalhar para que essa síntese aconteça:




Atualmente, há ainda outro elemento que se faz cada vez mais presente nas apresentações teatrais: o recurso audiovisual. Para James Fensterseifer, essa ferramenta é bem-vinda desde que bem utilizada. Ele acredita que é válido o uso de vídeos pré-gravados durante a peça quando estes vêm representar um espaço que não pode ser mostrado no palco, como a lembrança de um ator que já está em cena, por exemplo. Mas o diretor ressalta que o recurso deve ser usado com parcimônia:




Questionado sobre a preocupação dos próprios artistas em registrar o que estão produzindo, uma vez que a documentação dos trabalhos artísticos é de suma importância para a construção da história da cidade, James demonstra que tem feito a sua parte. E é otimista quando afirma que o crescente acesso às tecnologias digitais deve garantir que, daqui para frente, nossos espetáculos teatrais não fiquem mais apenas na memória de quem pôde assisti-los.




Veja as fotos da entrevista.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom. Excelente profissional que ajudou a integrar a história do teatro de brasília. Parbéns a ele e à galera do cena candanga pelas apreciáveis entrevistas

 
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