29 de junho de 2009

Teatro do Concreto

O grupo Teatro do Concreto possui uma peculiaridade em sua formação: ele é composto por artistas de diversas localidades do Distrito Federal, como Ceilândia, São Sebastião, Samambaia, Cruzeiro, Sobradinho e Plano Piloto. A companhia, criada em 2003, é dirigida por Francis Wilker, um de seus fundadores, e tem 15 pessoas em seu elenco: Aline Seabra, Alonso Bento, Daniel Pitanga, Gleide Firmino, Hugo Cabral, Ivone Oliveira, Jhony Gomantos, Lisbeth Rios, Maria Carolina Machado, Micheli Santini, Nei Cirqueira, Regina Neri, Robson Castro, Silvia Paes e Zizi Antunes. As origens de cada ator influenciam na estética e nas técnicas trabalhadas pelo Teatro do Concreto em seus espetáculos, concebidos por meio de processo colaborativo.


O Teatro do Concreto surgiu na Universidade de Brasília. O primeiro trabalho profissional do grupo resultou no espetáculo “Sala de Espera”, apresentado, em 2006, na mostra Fringe do Festival de Teatro de Curitiba e na II Mostra de Teatro em Barreiras. Em novembro do mesmo ano, o grupo estreou, no Teatro Oficina do Perdiz, a peça “Diário do Maldito”, produto de dois anos de pesquisa sobre a vida e obra do dramaturgo Plínio Marcos. O espetáculo foi premiado em festivais nacionais e locais e se transformou no carro-chefe da companhia. Após o “Diário do Maldito”, a companhia adotou uma postura um pouco diferente de tratamento dos elementos da montagem. Enquanto no “Diário do Maldito” o ator é o elemento de destaque, nas peças concebidas posteriormente pelo grupo, como “Borboletas têm Vida Curta” (2006) e “Ruas Abertas” (2008), a plasticidade dialoga mais intimamente com a figura do ator.



O espetáculo “Ruas Abertas”, foi o primeiro resultado de uma pesquisa iniciada pelo grupo em 2008, com o tema Amor e Abandono. Com proposta inovadora, a peça era encenada ao ar livre, nas ruas próximas à rodoviária. Assista a um trecho da peça:


O ambiente onde os espetáculos do Teatro do Concreto são concebidos exerce muita influência sobre a forma com que são apresentados ao público. Inclusive, a preocupação do grupo em pensar a cidade, acaba se refletindo de forma bem clara nas experimentações que eles fazem em espaços públicos de Brasília em algumas peças. Francis Wilker, diretor do grupo, acredita que mesmo que em outras produções artísticas o espaço não esteja explicitamente representado, a produção local, de alguma maneira, carrega uma identidade comum.


Os integrantes do Teatro do Concreto falaram ainda ao Cena Candanga sobre as companhias teatrais e os diretores que têm exercido influência sobre o grupo:


Veja algumas fotos dos espetáculos do Teatro do Concreto.

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