22 de junho de 2009

Fernando Villar


Foto de Djalma Atanásio

Por trás do livro Histórias do Teatro Brasiliense, grande referência para quem pesquisa sobre a produção teatral da cidade, estão dois homens: Eliezer Faleiros e Fernando Villar. Orientado por Villar, Eliezer, que estudava artes cênicas na UnB, investigou as origens e o amadurecimento do teatro em Brasília até o início dos anos 2000. Em entrevista ao Cena Candanga, Fernando Villar falou sobre o processo desse trabalho, que trouxe à tona para ele a trajetória do grupo Vidas Erradas, do qual fez parte, e cuja peça de mesmo nome tem retomado recentemente com alunos da UnB, que a apresentarão no próximo semestre.




O trabalho de PIBIC (Programa Institucional de Bolsas para Iniciação Científica, que recebe investimentos da UnB e do CNPq), desenvolvido de 2001 a 2003 por Eliezer, resultou na realização de dois seminários, que reuniram personalidades de grande importância no cenário artístico local e colocaram em discussão questões relevantes para uma tentativa de reconhecimento de uma identidade cultural brasiliense. Villar explica que a realização dos seminários fez parte da metodologia adotada na pesquisa:





O livro Histórias do Teatro Brasiliense reúne um breve panorama histórico, traçado por Eliezer, além de 28 artigos, escritos por pessoas de áreas diversas – artistas, antropólogas, historiadoras, jornalistas – conectadas por meio do teatro, o que atribui ao livro riqueza de opiniões, memórias e informações. A essas pessoas foi proposto o desafio de refletir sobre a existência ou não de um teatro tipicamente brasiliense, questionamento lançado também a Fernando Villar durante a entrevista.





Nascido em 1959, em Petrópolis, o diretor, autor, encenador e performador se formou em artes plásticas na Universidade de Brasília em 1983, mesmo ano em que escreveu sua primeira peça, chamada “Você tem uma caneta azul prá prova?”, que acabou se tornando um dos sucessos do grupo Vidas Erradas. Fernando Villar contou como a sua formação como artista plástico, além do tempo que estudou em Londres, o influenciou enquanto diretor e no peso que ele atribui à questão visual da montagem e ao trabalho com os atores:





Questionado sobre a legitimidade da utilização de elementos não-tradicionais em espetáculos, como os recursos audiovisuais, por exemplo, Villar acredita ser positiva a integração desses outros recursos na linguagem teatral.





Em uma conversa com o diretor é possível perceber que o teatro é para ele fonte inesgotável de possibilidades, é uma linguagem plural, com forte potencial para provocar reflexão. Fernando Villar relaciona esse caráter do teatro com a internet e as alternativas que ela oferece como um modo diferenciado de acesso à informação:





Veja as fotos da entrevista.

Nenhum comentário:

 
Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-Noncommercial-No Derivative Works 3.0 Unported License